dimanche 15 mai 2011

Amoro o escuro


Cartas de amor de Pedro e Inez

Aprumo a espera com o manto nocturno,
inspiro-lhe rezas.
Venço o medo e o sono,
olho para ti tanto tempo,
que desapareces.
Arranco a minha arvore aos céus,
musgo na dobra, mordo o làbio
hùmido e liso,
provo as azedas e a infância,
com os dedos roidos pela ferrugem.
Sou uma estàtua armadilhada
entre a hera e o sol. ...
Amoro o escuro onde o ventre
se dissolve em erva dos muros.

A olho nù, esforço-me por florir.

Inez, 8.07.09

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