Nocturnos d’Ineses
No lugar do rosto, uma noite antiga.
Qual é a boca que me come?
Sou uma espuma que sai da boca do mar.
Sobre o corpo d’Inez, Deus fragmenta a eternidade.
Voltarei com o mar nos braços
para lhe lavar o corpo
e devolver-lhe o rosto mordido pelo cao.
Inez, cénicamente ressuscitada
existe na mascara que me oculta.
Somos multiplos continuamente.
Embalo o vestido, lanço os dados
e ninguém me ouve.
O cao da Rainha é fiel e feroz.
LM, 09
1 commentaire:
Gostei bastante deste poema.
Tem qualquer coisa de misterioso.
Bonne nuit.
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